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Podemos considerar o envelhecimento como um processo dinâmico, em que são observadas modificações biológicas (ex: envelhecimento da pele), físicas (ex: lentificação da marcha) e psicológicas (ex: depressão), que podem conduzir à inadaptação do individuo ao meio ambiente, gerando maior vulnerabilidade e incidência de processo patológicos.
Embora em todas as fases do ciclo de vida se assistam a períodos de crise que exigem superação por parte do indivíduo, na idade mais avançada predomina essencialmente a vivência da perda de objeto, ou seja, perdas que podem ser reais, imaginadas ou apenas receadas.
Habitualmente, e no senso comum, quando falamos de luto referimo-nos à morte de alguém. Para além desta visão, o luto poderá assumir outras, essencialmente a um nível mais subjetivo: luto da autoimagem (alterações inevitáveis do seu aspeto e capacidades físicas), como ser social (passagem do estado de pessoa ativa para reformado) e como membro de uma comunidade.
Desta forma, a pessoa de idade é confrontada diariamente com esta realidade, o que se associa a um sentimento de perda dos meios pessoais de fazer face ao stress interno (como a angústia) ou ao stress de origem externa (situações de mudança, como, por exemplo, a institucionalização). Por tudo isto, considera-se que os fenómenos acima referidos criam um terreno frágil psicoafectivo e um sentimento de vulnerabilidade particularmente intenso, sendo, muitas vezes, necessário proporcionar a partilha de emoções e pensamentos que submergem, por forma a adaptar-se às novas condições de vida, a reorganizar os seus mecanismos de defesa e reforçar alguns deles.
Não se esqueça: Está sempre a tempo!
Todos nós queremos chegar a velhos, já que a outra opção é muito menos apetecivel – A DE MORRER JOVEM!