É verão, está sol, bom tempo, a vida toma outras cores e fazemos mais saídas, vamos conhecer novos lugares…
Estamos em julho, mês de calor, de festas e romarias, muitos vão de férias durante este mês e os próximos, e destino? Já está escolhido? Desta vez venho propor que se visite “o lugar do outro”.
O “lugar do outro” é algo que está a ser cada vez mais falado. E sobre esse “lugar” muita tinta tem corrido. Estamos numa fase muito digital, onde um simples clique de pesquisa nos informa sobre tudo e todos, seja informação real ou não. O “lugar do outro” não é um local “instagramável”, talvez por isso, não se tenha tornado um lugar de muito interesse, este lugar não dá likes e também não é o “lugar” que tem a mesa esgotada para o jantar, onde se está numa fila de espera semanas para se conseguir uma reserva e fazer check, no “spot” da moda.
Para conseguirmos acesso a este destino, não precisamos de horas de voo, não precisamos fazer quilómetros nem de meios de transporte. Precisamos de algo bem diferente, algo que provavelmente se encontra cada vez mais raro… EMPATIA! A empatia, serve de visto, para se entrar no lugar do outro! É com este “visto” que carimbamos o passaporte para entrar nesse tal “lugar”. E como, uma espécie de, controlo pelo SE(L)F.
É com “este visto”, a empatia, que acolhemos “o outro”, é com esta capacidade que o visitamos de uma forma próxima e, sentimos com ele, aquilo que ele sente. É quando “calçamos os sapatos dele”.
É a este “lugar” que eu quero propor a viagem de férias. Não é a viagem que nos vai dar mais likes nas redes sociais, mas será aquela viagem que nos permite crescer enquanto ser humano. Ao visitarmos o “lugar do outro” vamos perceber as coisas como elas são e o julgamento que, tantas vezes é feito de forma errada, muda de contexto. Ao visitarmos esse “lugar” colocamos muitas verdade absolutas em causa, pensamos por nós próprios e damos colo. Todos precisamos de colo, crianças, adultos… colo não se deve negar a ninguém e não, não é pegar ao colo… é dar colo! É acolher com o ser e estar… é acolher com o olhar e fazer sentir que se percebe, que se sente, que se está na mesma sintonia.
Façam a viagem da vossa vida, visitem o “lugar do outro” e sejam vocês próprios, porque a vida não é o que se “posta” nas redes sociais… é o que se vive, ainda que offline!